quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nosso Mundo

Ando à procura de algo parecido com o que vivemos e temos. Não encontro nada, nem um momento que possa ser comparado às nossas vidas com uma história em comum. Talvez porque as nossas mãos dadas diziam mais do que frases. Vamos desenhar o nosso mundo, vamos assentar a poeira que se levanta com o vento, neste mundo de cinzas, mas que é só nosso. Ainda vejo a paisagem, embora o céu não seja azul. Se me deres a mão, reconstruímos os telhados que antes arderam, vamos limpar as cinzas e pintar o nosso céu de azul. Vamos viajar neste oceano que banha o nosso mundo, vamos ver os barcos afundados que levaram os nossos problemas. Vamos esquecer o outro mundo, aquele mundo que pertence a milhões e milhões de pessoas e apenas estar no nosso mundo. Neste nosso mundo que é exclusivo e que nada nem ninguém poderá entrar nele. Talvez, talvez o tempo tenha apagado parte do que vivemos. Se eu te pedir para vires comigo, vens? Quero deixar de pensar que a sombra que passa constantemente por mim sejas tu. Sinto raiva, raiva de mim por ter deixado o nosso abraço a meio. Eras tu que me fazias acreditar que o amor existia, eras tu que me fazias levantar de noite a pensar que eras tu a acordar-me, sonhos… Hoje recordo-me do passado que nunca tivemos e do futuro que quero reconstruir, contigo ou não.

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