sábado, 20 de abril de 2013

Coimbra

És cidade dos Doutores, dos amores e de tradições. A cidade do Mondego que nos traça numa saudade infinita e faz das nossas lágrimas o seu caudal. A cidade mágica que transforma meninos em Homens e alegria em Saudade. És a cidade que conjuga o verbo viver no pretérito perfeito. A tua calçada incerta é o espelho dos nossos fracassos. O teu caminho duro e inclinado é a força que nos leva a continuar. O teu ponto mais alto a nossa vitória por termos aqui chegado. A ti ficarmos eternamente gratos. És sem dúvida a saudade do passado e a saudade abstracta do que ainda não vivemos. És a alegria de cada vez que te vemos e a tristeza de cada partida. A cada estremecer de uma corda nasce um novo amor, e foi nos teus braços acolhedores que aprendi a amar, não apenas aos outros mas a mim sobretudo. Vivo cada dia como se fosse o último, apaixono-me como se fosse o primeiro. Contigo fiz amigos e descobri as várias faces da vida. Não imagino o dia da partida, mas nesse dia sei que vou deixar aí parte de mim, o meu nome pode não estar escrito nas tuas ruas, mas o teu, irá estar sempre escrito indelevelmente no meu coração. Um dia havemos de nos voltar a encontrar

domingo, 4 de dezembro de 2011

Não tinha que ser assim.

Queimei todas as memórias e deixei-as partir com a “nostalgia”, na esperança de reencontrar um novo sentido. Sei que a vida é efémera e o desprezo o quadro principal na galeria da vileza. Nada é eterno, nem as palavras, as “tuas” palavras que quase caíram num abismo. Não tinha que ser assim… Apenas teve que acontecer o que não aconteceu, de facto. Deparo-me com um paradoxo mais difícil que uma equação matemática, mas simples como andar. Um paradoxo irónico que descreve na perfeição o que já se tornou num ciclo vicioso.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Esboço

Procuro o teu toque tentando retomar o horizonte que se desvanece nos meus olhos, enfrentando a batalha, desprotegido já que a minha arma sempre foste tu. Eras o que mais precisava, nos sonhos mais rebuscados eras tu que aparecias, tenho medo, ainda tenho medo que esta realidade seja ela própria um sonho prolongado. Continuo a sentir o aperto, e o vento ainda me traz a tua voz. Tento gritar, mas faltam-me palavras para tal, tento esquecer, mas ninguém consegue esquecer o que tanto sonhou. Já vejo um Adeus, ainda que distante, mas que já começa a ser delineado com traços carregados, o que me mostra que não é um simples esboço, mas um quadro definitivo, que espero que seja pintado com memórias, palavras e tudo o que vivemos. Ninguém será capaz de me devolver o horizonte desvanecido, os sonhos…
Só me resta esperar por este quadro por enquanto inacabado e sem jeito. Jamais voltarei a sonhar, fico á espera do fim deste quadro, que me há-de trazer á memória tudo o que passamos. Quem disse que a vida era um mar de rosas, esqueceu-se de tirar os espinhos!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Courage!

Coragem não é acabar com a vida, coragem é sentir que o fim devia chegar, mas mesmo assim seguir em frente e ultrapassar os buracos do asfalto. Conformidade, ao que parece estava tudo tão errado. Mas eu sempre soube o tempo todo que esse não era o modo que devia de ser. Queremos avançar o tempo, ao mesmo tempo que queremos que ele não corra. Tenho medo de pagar o preço da irresponsabilidade, tenho medo de me decepcionar, estou à espera que o mundo faça sentido para mim. Ao que parece, o mundo não desiste de nós.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Hoje é o dia!

Finalmente, acho que encontrei o caminho, ou talvez o caminho tenha vindo até mim. Toda a angústia, toda a raiva de viver desvaneceu-se. Já não tenho mais medo de mim, nem de ti, nem de ninguém. As perguntas que tinha, mesmo as mais rebuscadas, já têm uma resposta, não definitiva, mas suficiente para permanecerem viáveis durante muito, muito tempo. Há uma, apenas uma pergunta á qual não vou nunca ter resposta, mesmo que seja a resposta mais convincente, nunca, nunca vai ser aceite por mim, nunca vou perceber o porque! A pergunta é: “ Porque é que não havia ninguém?”
Ainda sinto falta de ar, aperto, borboletas no estômago quando penso nisto. Quão mau eu era para não ter nada, ninguém? Porque é que tudo se revela agora e tão depressa que quase me passa ao lado? Terei mudado eu assim tanto? Penso que não, continuo o mesmo, embora com as mudanças normais de alguém que cresce, mas não do modo que parece, do modo que era e do modo que é. De facto, neste momento a minha vida está estável, em todos os sentidos. Não sou mais chamado de “o gordo da escola”, “o presunto”, mas sim o Brinco, que ao que parece mete meio mundo a rir, Brinco em quem já depositam alguma confiança. Haja Deus, algum dia esta página ia virar, algum dia tinha que ser o dia e hoje é o dia!

domingo, 5 de junho de 2011

(im)Perfeito

Ninguém vê as batalhas que estamos a enfrentar e a verdadeira razão por que lutamos ou fazemos o que fazemos. Ninguem percebe as nossas razões sem razão, ninguem ouve as nossas palavras mudas. Nós todos temos histórias que poderiam quebrar qualquer coração, até o mais forte e todos nós somos soldados desta batalha perdida. Nós tentamos demasiado ser perfeitos demais. Eu sei que muitos de vocês acham que eu não sou perfeito, e eu acho que não sou perfeito também. Mas pensar desta forma, somos todos imperfeitos Perfeitamente! Um dia vencemos esta batalha.




domingo, 15 de maio de 2011

Hoje!

Hoje não quero ficar sozinho, os teus olhos podem até não ter o mesmo brilho, a tua voz pode já não chamar mais o meu nome, mas tu, tu podes ficar neste maldito tempo, maldita saudade maldita hora. Cruzava os sete mares, Perdia mil noites, ligava todas as luzes, apenas para encontrares o meu caminho! Não estás no meu horizonte, e cada vez te vejo mais distante. Mas por tudo que passamos, por tudo que vivemos, continuas a estar comigo, e agora sei que não vou ficar sozinho!

(Algures perdido no meu computador com cerca de meio ano *.*)